sábado, 5 de junho de 2010

Entrevista

O que a levou a se dedicar, se aprofundar, e a se especializar nesta área de Qualidade, normas internacionais e afins?
RA: Tudo aconteceu de repente, sem planejamento. Me formei em arquitetura em 1987, trabalhei em alguns escritórios, até que um dia abri o meu próprio negócio, junto com mais dois colegas. Nesta mesma época, descobri a Programação Visual, larguei o escritório e fui trabalhar numa franquia de sinalização. Casei, e logo depois nasceram as minhas filhas, resolvi me dedicar inteiramente a elas. Em 2001, fui convidada a trabalhar no Programa Qualidade Rio para criar logomarca, folders, jornal virtual, etc. Para executar este trabalho eu tinha que entender um pouco mais sobre a área, sobre Qualidade. Incentivada pelos meus coordenadores, Stella Regina Reis da Costa (professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e Marcos de Abreu Basto Lima (Economista), fui fazer cursos, fiquei completamente apaixonada e não parei mais.

Nestes quase 10 (dez) anos de militância contínua na área, quais foram seus maiores desafios e como conseguiu superá-los?
RA: O maior desafio foi ensinar. Quando me vi diante de uma sala de aula, repleta de profissionais competentes, ávidos por aprender um pouco mais sobre gestão, tremi nas bases! Respirei fundo, e encarei aquela turma bravamente, claro que obtive sucesso! Até me chamaram para dar aula novamente (risos).

E as maiores alegrias nesta caminhada?
RA: Como fui coordenadora do MPE Brasil, prêmio voltado para as micro e pequenas empresas do Rio de Janeiro, durante 6 anos, tenho um xodó especial por elas. Então, vê-las crescer utilizando o Modelo de Excelência em Gestão, é um motivo de orgulho. Vibro junto com os empresários com esta conquista. Muitos já se tornaram médios, e fornecedores de grandes empresas como a PETROBRAS e Grupo GERDAU.

Por ser uma área extremamente padronizada, a qual exige muita disciplina e vontade de realizar, romper paradigmas, como a arquiteta Roberta, que sempre trabalhou mais com emoção do que com a razão, se adaptou tão bem nesta área de trabalho?
RA: Não foi difícil, até porque emoção e razão sempre andam juntas. Não existe uma separação entre elas e, quando uma fica maior que a outra a balança desequilibra. Para gerir um bom negócio é preciso ter a balança calibrada e bem nivelada, afinal lidamos, ao mesmo tempo, com matéria prima (bens e/ou produtos) e pessoas (colaboradores e/ou clientes).

Com o reconhecimento profissional que já tem, quais serão seus próximos passos, alem de cumprir de forma competente, seu atual contrato?
RA: Pretendo fazer mestrado em gestão, quero dividir conhecimentos com alunos em sala de aula. Os jovens de hoje serão os empresários do amanhã.

Tem conseguido o famoso equilíbrio entre trabalho e família?
RA: Essa é uma dificuldade geral feminina. Desde que algumas mulheres queimaram sutiens em praça pública, vivemos na luta por maiores e melhores espaços no mercado de trabalho. A família, marido e filhos têm que se adaptar ao mundo atual e serem parceiros nesta conquista. Tenho conseguido conciliar bem esses dois chapéus, o de profissional e o de mãe. Se bem que se pensarmos direitinho, vestimos muitos chapéus durante um único dia: mãe, dona de casa, esposa, amante, cliente, empresária, profissional, motorista, uuuufffffaaaa!

Para quem esta iniciando nesta apaixonante área de trabalho, quais conselhos ou sugestões você daria?
RA: Dedicação. Mexemos muito com mudanças, quebra de paradígmas, e isso requer habilidade. Nada como vender o peixe, acreditando nele. Acredito que a Qualidade possa fazer com que o nosso País cresça e se desenvolva com base no aumento da produtividade, rentabilidade e competitividade.

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